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Desconto de horas preocupa trabalhadores do comércio

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário) 

O primeiro dia de alteração no horário de funcionamento do comércio de Santa Maria foi marcado por movimento intenso no Centro. Por meio de decreto, nesta terça-feira, as lojas consideradas não essenciais podem abrir das 11h às 17h. Na prática, o horário não foi ampliado. A mudança é que, agora, o comércio deve abrir e fechar uma hora mais cedo do que estava funcionando anteriormente.

O novo período de funcionamento não foi bem recebido tanto pelos trabalhadores quanto pelos donos de lojas. Para os empregados, o receio é em relação ao banco de horas. Isso porque, como são contratados para trabalhar durante oito horas por dia, ficam devendo duas horas, que poderão ser solicitadas posteriormente pelas empresas.

- Claro que isso não é culpa das empresas, que só podem operar durante seis horas, mas também não é culpa dos trabalhadores. É uma grande preocupação da categoria que essas horas não sejam descontadas no futuro. Estamos falando com o Sindilojas em relação a isso - diz o presidente do Sindicato dos Comerciários, Rogério Reis.

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PROPOSTA
O presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), Ademir José da Costa, afirma que em função das medidas restritivas desde o início da pandemia, os funcionários estão devendo de 50 a 60 dias de trabalho. Ele enviou à prefeitura uma proposta de abertura das 9h às 18h, com um turno de trabalho: o primeiro grupo entrando às 9h e o segundo, às 12h. Pela proposta, as duas horas não trabalhadas não seriam descontadas. No entanto, a sugestão não foi aceita.

- A jornada é de oito horas. Pela Medida Provisória do governo federal, esse tempo vai para o banco de horas. Então, lógico que isso não vai agradar. Iríamos nos comprometer, caso a prefeitura aceitasse o horário estendido, que faríamos escala de seis horas e não cobraríamos o restante. Abriríamos mão desse banco de horas no período de pandemia e, dessa forma, estaríamos evitando um problema sério no futuro - justifica Costa.

A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marli Rigo, diz que é muito cedo para medir a eficácia do novo horário, mas defende que as lojas possam abrir mais cedo. Ela relata, ainda, a dificuldade que alguns trabalhadores tiveram de transporte:

- Tive, por parte de alguns lojistas, apelos em função do horário que não deu certo, de pessoas que não conseguiram chegar a tempo, que seria às 11h. Pedi para a ATU colocar mais horários à disposição da população. A gente sabe que a cada mudança nos decretos gera uma instabilidade na cabeça das pessoas.

O presidente da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Luiz Fernando Maffini, diz que as empresas realizaram o transporte normalmente ontem e que recebeu uma reclamação sobre uma linha de Camobi, que não teria operado. Ele acredita em algum engano.

- Acredito que tenha havido um equívoco por parte de quem fez a reclamação. O atendimento foi normal. Nós vamos atender toda a demanda, com toda a certeza. Estamos trabalhando dentro dos horários previstos, com a quantidade de passageiros transportados conforme os decretos e a demanda de cada linha de cada região - enfatiza.

Sobre a proposta do Sindilojas para ampliar o horário do comércio, o secretário da Casa Civil, Guilherme Cortez, justifica que não é momento, até porque boa parte do Estado foi classificada como bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado em vigor.


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